quinta-feira, 11 de março de 2010

Quando o Vento Bate a Janela

Deitada em minha cama, ouço suspiros intensos que vem do lado de fora. Não sei o que é!
Um ruído vem arranhar minha janela, deixando marcas na minha mente, sinto-me paranoica, perseguida, ameaçada... Alguém vem me chamar nos meus pensamentos e eu ouço com cuidado, com calma...
Ele vem soprar nos meus ouvidos, coisas que jamais pensei ouvir... Ele me chama para viajar com ele para o nada, para sempre, eu resisto....
Ele pega minha mão com cautela, ele tem a pele fria, gelada... Me chama com uma voz doce, sensível. Me diz que tenho de ir com ele, todos me querem... Tenho medo, solto a mão dele e cubro a minha cabeça, ele pede para que eu não tenha medo, lá é um lugar maravilhoso, encontrarei todos lá, todos que amei e se foram... Ele levou todos, um por um e me deixou sem ninguém. Agora quer me levar também...
O vento começa a bater na janela, quer entrar de qualquer jeito e ele está de joelhos ao lado da cama, então o vento entra, bate a janela com força e eu me assusto, levanto rapidamente, olho a minha volta, não há ninguém lá! Sinto-me presa... presa num pesadelo sem fim.
Ele vem todas as noites, me chama, tenta me seduzir para levar-me, mas o vento que bate a janela, simplesmente, o leva embora, mas não consigo dormir mais sossegada. Caminho até o banheiro, me olho no espelho, mas não vejo um rosto conhecido, olheiras estampadas, lágrimas expostas, abro o armário e pego vários tipos de calmantes, tomo todos, são muitos comprimidos...
Sento-me no chão e pego a gilete, olho firme para meus pulsos, eles estão gritando de agonía, eu resisto mais uma vez, mas acabo desmaiada no meio da tristeza da escuridão da noite...
E todas as noites ele vem e eu... espero...

Um comentário:

  1. nusss q historia interessante dai, vc ainda vai ser escritora hein!!!! essa historia assusta e ao msm tempo não...parece falar da morte!!!!
    adoreiiiii daiane!!!!Parabéènssss

    bjinhusss florr

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