segunda-feira, 22 de março de 2010

O Amor Chega Sem Avisar

Certa vez eu vi um garoto. Ele me olhava sempre que passava perto, até quando estava longe, me seguia com os olhos. Aquele garoto, não me parecia grande coisa, era um garoto comum aos meus olhos de menina. Eu tinha 15 anos quando o conheci e ele já não era mais um garoto como eu pensava, ele havia acabado de fazer 20, mas tinha rostinho de 17, pra mim, ainda era um garoto.
Sempre estudei ali naquela escola e aquele garoto estava sempre lá, nunca antes eu o havia visto no portão da escola, mas depois que voltamos das férias, ele passou a ir lá todas as noites. As garotas da escola gostavam de olhar para ele. Não posso negar: ele era (e ainda é) um rapaz muito bonito. As garotas o admiravam, adoravam falar bem dele, mas para mim, ele era só mais um garoto.
Um dia ele veio conversar comigo, conversamos alguns minutos e eu fui embora. Depois, passamos a conversar todos os dias, vários minutos e assim foi indo. Eu gostava de conversar com ele. Tinha ótimas qualidades: era educado, simpático, simples, inteligente, respeitoso, alegre, sabia conversar muito bem, não era só um garoto como eu pensava... Começamos uma bela amizade, sempre conversávamos sobre várias coisas, ele era muito divertido. Logo ele parou de ir até o portão da escola, pois ele já tinha regressado as aulas também, mas de vez em quando ainda aparecia por lá.
Comecei a ficar muito ligada a ele, apesar de o conhecer pouco e em tão pouco tempo, eu já gostava dele, adorava ficar em sua companhia, sentia sua falta quando não estávamos juntos. Minhas amigas logo começaram a notar, diziam que ele gostava de mim. Eu achava que elas estavam ficando malucas, é claro, por mais que eu gostasse dele, era só como amiga, eu não queria ficar com ele, nem o conhecia direito, fazia só alguns meses.
Uma noite ele apareceu na escola, havia chegado mais cedo da faculdade, conversamos e ele me esperou até a hora de saída da escola. Eu sempre ia para casa na companhia de uma amiga, então quando deu o sinal de término da aula, ele estava lá no portão, me esperando, enquanto eu esperava minha amiga. Ele nos acompanhou até a esquina, pois ele morava na direção da rua que continuava e eu dobrava a esquina, mas minha amiga sugeriu que ele nos acompanhasse pela rua e depois pegasse um outro caminho para ir embora, (não gostei muito dessa conversa, mas não disse nada) ele concordou. Subimos o morro conversando, dando risada, até que chegamos à rua onde ele iria embora, já estávamos perto de casa. Ele cumprimentou minha amiga, dando tchau, boa noite e um beijo no rosto. Fez (quase) a mesma coisa comigo, me deu tchau, boa noite, me puxou com força e me deu um beijo... na boca. Minha amiga adorou aquela cena, ela disse que já estava demorando. Eu retribui o beijo, gostei, mas o empurrei, dei boa noite e fui embora.
Depois, já na cama, fiquei pensando naquele beijo, senti algo diferente com ele, eu gostei, realmente eu gostei. No dia seguinte, estava chovendo muito forte e ele apareceu lá na escola, eu estava com vergonha pela noite passada, mas ele veio falar comigo e eu conversei com ele, me beijou novamente, e eu... gostei. Jamais pensei que pudesse gostar tanto de uma pessoa que eu mal conhecia. Bom, eu o conhecia bem, apesar do pouco tempo. Eu o conhecia muito bem e gostava cada vez mais dele. Nunca havia gostado de alguém assim antes, claro que já havia namorado antes, mas era diferente, eu sentia essa diferença. O tempo foi passando e nós começamos a sair apenas como bons amigos e começamos a nos gostar mesmo. Era fato... eu estava completamente apaixonada, me deixei levar pelo sentimento, eu estava muito bem e adorava ficar na companhia dele, me sentia mais bonita, ele me fazia sentir assim, me elogiava, fazia carinho, me abraçava apertado e eu gostava cada vez mais dele. E hoje, não me canso de dizer que ele é o homem da minha vida.

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